Adoro cabelos vermelhos. Além de serem assumidamente tingidos e corajosos (não é todo mundo que sai por aí com a cabeleira cor de alerta), eles têm um lado mágico e mitológico, por remeter a feiticeiras e bruxas, a mulheres especiais.

Quando era pequena, adorava ver os filmes clássicos com a minha mãe e minha avó e me encantava com as divas e os figurinos luxuosos. Aí, conheci Rita Hayworth, que considero até hoje a mulher mais linda de todos os tempos. Minha avó tinha várias fotos dela mesma imitando os penteados de Rita, com pose diva e tudo: olhando para o horizonte, rosto meio de lado e meio sorriso. Rita era ruiva.

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Ao mesmo tempo em que ia vendo os filmes e adorando os figurinos, comecei a me interessar por moda e passei a desenhar croquis em personagens. Teve a época em que eu colocava os vestidos na Betty Boop, depois, lá pros 10 anos, passei a colocá-los na Jessica Rabbit, que foi inpirada em várias atrizes, dentre elas … Rita. A personagem era fácil de desenhar e, claro, casava com a minha idéia de roupas dos sonhos: vestidões, caudas, cetim, fendas, cinturas marcadas e muito tomara-que-caia. No filme, ela dizia: ” Não sou má, apenas fui desenhada assim”. O máximo.

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Dez anos depois, vi o filme Corra Lola Corra e adorei o visual dela: urbano e utilitário e os cabelos picotados, cor vermelho-pilot.

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Quando a Net entrou na minha vida, eu passei a ver direto Arquivo X. Vai dizer que Scully acharia algum ufo sem ser ser ruiva? Claro que não.

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Depois, me viciei na Sony e aí temos The 70´s show e Desesperate Housewifes. Donna é a personagem mais maneira do 70´s e a Bree é a mais esquisita de Desesperate (e por isso as histórias dela são bem bizarras).

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Por aqui, temos Rita Lee, eterna mutante, mas sempre ruiva. 

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Hoje, descobri as ilustrações de Fabrini, que pelo visto também acha lindo madeixas cor de fogo.

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Acho que preciso pintar o cabelo.